A gestão da densidade animal em fazendas leiteiras é um dos maiores desafios para garantir a saúde, a produtividade e a sustentabilidade do rebanho. Segundo a revista Hoard's Dairyman Brasil, encontrar o ponto ideal de densidade é fundamental, especialmente quando se busca manter métricas de produção sem comprometer o bem-estar dos animais.
Um dos problemas mais comuns enfrentados por produtores é a alta contagem de células somáticas (CCS) em vacas recém-paridas. Essa situação pode ocorrer devido ao manejo inadequado durante o período de secagem, especialmente quando há uma movimentação frequente entre barracões. Para minimizar esses efeitos, é essencial garantir espaço adequado, reduzir o estresse e adotar práticas preventivas que priorizem o conforto nos estágios críticos da lactação.
Em fazendas que adotam um protocolo de parto eficiente, com espaços individuais e camas confortáveis, é possível evitar doenças no período pós-parto. Um bom exemplo são as instalações que oferecem ampla área de descanso e evitam movimentações desnecessárias, proporcionando um ambiente seguro e confortável para as vacas. Estratégias como a ordenha mais frequente podem aumentar a produção, mas também podem desencadear problemas, como claudicação e aumento de doenças respiratórias, caso a densidade animal não seja adequadamente equilibrada.
Aumentar a densidade para maximizar os resultados econômicos pode parecer uma solução viável, mas isso pode comprometer a saúde do rebanho a longo prazo. A recomendação é planejar cuidadosamente o aumento da lotação, garantindo condições essenciais como descanso e espaço adequado. Dessa forma, é possível alcançar um ambiente saudável e produtivo, evitando impactos negativos que comprometam a lucratividade da fazenda.
